Em
1955, o então governador do estado, Jânio Quadros, encarregou o diretor da
Escola de Polícia, doutor Walter Faria Pereira de Queiroz, de estudar a
criação, em São Paulo, de uma Polícia Feminina.
Em
12 de maio do mesmo ano, sob o decreto nº 24548, institui-se, na Guarda Civil
de São Paulo, o Corpo de Policiamento Especial Feminino e, na mesma data, a
Dra. Hilda Macedo tornou-se a primeira comandante do Policiamento Especial
Feminino.
Assim
foi criada a primeira Policia Feminina do Brasil, pioneira também na América
Latina – sendo-lhe atribuídas missões que melhor se ajustavam ao trabalho
feminino, conforme as necessidades sociais da época: a proteção de mulheres e
jovens.
Em
26 de maio do mesmo ano, publicou-se o Decreto nº 24587, o qual relacionava os
requisitos para o ingresso no Corpo Especial. Dentre as 50 candidatas, 12 foram
selecionadas para a Escola de Policia, para um curso intensivo de 180 dias. As
12 mulheres escolhidas e sua Comandante foram chamadas “as 13 mais corajosas de
1955”.
A
filosofia da fundadora era de que as policias fariam patrulhamento, mas não
usariam armas. A manifestação física seria branda, porém enérgica, valendo-se
da persuasão.
Por
um período experimental de quase quatro anos em que a existência da Polícia
Feminina se baseava em um decreto governamental, tiveram a certificação pela
Lei nº 5235 de 15 de janeiro de 1959 que, além de ampliar as funções atribuindo
à elas encargos de investigação, estabeleceu também a carreira de Policial
Feminina, criando o cargo de chefia.
A
partir de então, passaram a ser subordinadas do Secretário de Segurança
Pública.
Comandaram
a Polícia Feminina oito Coronéis: Hilda Macedo, Jannette Ribeiro Fiúza, Denisa
Della Nina, Sylvia Binelli, Dyarsi Teixeira Ferraz, Vera Maria Fávaro, Hilda
Magro e Vitória Brasília de Souza Lima.
Reconhecimento
As
missões foram ampliadas e as policiais passaram a atuar em outras atividades
como: trânsito, bombeiro choque, policiamento rodoviário, ambiental,
policiamento com ao apoio de motocicleta ou bicicletas, radio patrulhamento,
policiamento escolar e a corregedoria.
Marcam
presença no COPOM (Centro de Operações Especiais) e nos serviços
administrativo. Preenchem os quadros de Saúde, como médicas, dentistas,
farmacêuticas, veterinárias ou como auxiliares de saúde, podendo ainda atuar
como músicas no Corpo Musical ou mecânico de aeronaves, no Grupamento de Rádio
Patrulha Aérea.
Desde
1º de janeiro de 2000, elas não têm mais batalhões femininos nem missão
especial, mas estão integradas operacionalmente em todas as atividades da
Polícia Militar, podendo exercer qualquer função em qualquer localidade.
Em
2001, a 1º de fevereiro, o Governador Geraldo Alckmin, criou, no âmbito
institucional, o dia do “Policial Militar Feminino” com o intuito de não se
perder um fato significativo na História do Brasil e na bela trajetória da
Polícia e no Estado de São Paulo.
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